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Bancos digitais vs. tradicionais: qual oferece as melhores vantagens para investidores?

Bancos digitais vs. tradicionais: qual oferece as melhores vantagens para investidores

Enquanto um modelo oferece praticidade e baixo custo, o outro costuma oferecer produtos exclusivos e assessoria personalizada. A escolha certa depende do seu perfil e do seu objetivo!

O setor bancário passou por transformações profundas, especialmente a partir de 2020, impactando a vida de quem investe na bolsa de valores brasileira. O avanço da tecnologia e a digitalização trouxeram muitas novidades nos serviços e operações, e o banco digital passou a competir lado a lado com as instituições financeiras tradicionais. Nesse contexto, qual é o melhor tipo de banco para quem busca fazer investimentos eficientes e obter bons rendimentos? A resposta vai depender do perfil de cada investidor. 

Bancos digitais cresceram a partir da oferta de plataformas intuitivas, da redução de taxas, do tempo gasto pelo cliente e de outras soluções on-line. Por outro lado, bancos físicos continuam relevantes, especialmente no que diz respeito à disponibilidade de crédito, de produtos estruturados e variados, à credibilidade e à confiança. Por exemplo: quem acompanha o mercado constantemente sabe que ações de instituições como o Itaú, a ITUB3, têm peso considerável e são referência dentro da bolsa de valores.

Principais diferenças entre bancos digitais e tradicionais 

Antes de decidir o melhor tipo de instituição financeira, é importante identificar o que elas têm de diferencial e verificar se isso faz sentido para a sua situação como investidor. Apesar de operarem de formas bastante diferentes, ambos os modelos de bancos são regulados pelo Banco Central do país, obedecendo a regras básicas de segurança de dados e transações. 

Além disso, ambos também têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC); logo, em caso de falência ou liquidação, o investidor tem proteção de até R$250 mil. 

A principal diferença entre eles está nas suas plataformas de funcionamento: enquanto bancos digitais vendem a possibilidade de abertura de conta, atendimento e transações “na palma da mão”, ou seja, via aplicativo de celular, os bancos tradicionais ainda têm operações limitadas a uma agência física. 

Vale lembrar que a proteção do FGC se aplica a produtos como CDBs, LCIs, LCAs e contas-correntes. Ações, fundos e COEs não contam com essa garantia.

Vamos ver, de maneira geral, quais são os principais fatores que diferenciam esses dois modelos:

Banco tradicional 

  • plataformas físicas (agências bancárias) aliadas ao atendimento on-line via chat ou aplicativo;
  • maior burocracia nos processos;
  • maior solidez e tradição no mercado; 
  • maior disponibilidade de crédito para pessoas físicas. 

Banco digital 

  • plataformas totalmente on-line e integradas, não havendo agências físicas;
  • menor custo com tarifas (geralmente isentas ou muito baixas);
  • maior agilidade, simplicidade e automação nos processos;
  • menor disponibilidade de crédito e de financiamento para empresas. 

Além disso, é comum que o banco físico exponha o cliente a uma maior variedade de produtos e de serviços. Isso inclui conta corrente, cartão de crédito, empréstimos, seguros e investimentos. 

Qual oferece melhores vantagens e oportunidades para investir? 

De maneira resumida, pode-se dizer que os bancos digitais são melhores para quem busca fazer investimentos mais simples, enquanto os tradicionais são boas opções para investimentos complexos. Porém, para responder a essa pergunta caso a caso, é fundamental entender qual é o perfil do investidor em questão, levando em conta suas preferências pessoais e suas condições em relação a riscos, custos, crédito, mobilidade, cultura digital, entre outras coisas. 

Um investidor iniciante e jovem, por exemplo, deve se beneficiar melhor de uma conta digital, já que ela oferecerá uma linguagem mais dinâmica e acessível, possibilitando um aporte inicial baixo e menores tarifas. Aqui, a excelência da experiência do usuário a partir do investimento em novas tecnologias é a prioridade. 

A possibilidade de acompanhar tudo por um aparelho móvel também pode ser uma grande vantagem dos bancos digitais. Um exemplo é no caso de um investidor que tem baixa mobilidade: para ele, a chance de resolver tudo sem sair de casa, via computador ou celular, é um diferencial de acessibilidade e conveniência. 

Já um investidor com patrimônio maior ou que esteja aberto a aplicações mais complexas e arriscadas irá valorizar a estrutura mais robusta de um banco tradicional: fundos exclusivos, acesso a Inicial Public Offers (IPOs), derivativos, personalização no atendimento e produtos mais completos que os oferecidos pelos bancos digitais. Nos bancos tradicionais, o foco tende a estar na sofisticação das opções disponíveis. Além disso, no caso do banco tradicional, quanto melhor avaliado o cliente – o chamado premium – , mais benefícios (como descontos ou isenções de taxas) ele recebe neste tipo de instituição. 

Assim, as principais vantagens dos bancos tradicionais e digitais no que diz respeito a investimentos são:

Banco tradicional 

  • acesso a produtos exclusivos e internacionais (Certificado de Operações Estruturadas ou COEs, Private Equity, hedge funds, fundos exclusivos, derivativos);
  • assessoria especializada e humana;  
  • melhor para investidores de alto patrimônio e mais experientes.

Banco digital 

  • foco em produtos mais básicos e acessíveis (Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, EFTs);
  • autoatendimento (via chatbots e aplicativos) e praticidade para fazer aplicações (acontece em poucos cliques);
  • melhor para investidores de pequeno e médio porte e que preferem autogestão.