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Os 3 erros comuns que usuários de primeira viagem do Linux cometem

Os 3 erros comuns que usuários do Linux cometem

O Linux é um sistema operacional gratuito, funcional, seguro e altamente adaptável. Ainda assim, não é a opção mais popular e seu uso exige um pouco de aprendizado específico. Quem se propõe a testá-lo muitas vezes encontra entraves.

Sistemas operacionais diferentes podem parecer mundos à parte. A verdade é que quem escolhe usar o Linux depois de ter tido acesso a Windows ou MacOS pode se sentir um alienígena no processo de adaptação.

Mas dificuldades iniciais são comuns e podem ser superadas. Para isso, alguns hábitos e crenças devem ser quebrados e substituídos por equivalentes mais construtivos. 

A superação desses três erros comuns de usuários Linux de primeira viagem podem não apenas ser um estímulo para seguir insistindo no uso do sistema, que tem seus benefícios, mas também um ponto de partida para descobrir seu verdadeiro e imenso potencial.

A questão das distribuições

Escolher a distribuição errada do Linux é um dos grandes desestímulos de seu uso. O Linux pode ser entendido como a fundação de uma casa e as distribuições como a estrutura que se constrói sobre ela. Agora pense que você deve escolher um entre 600 modelos de casas antes de pensar em construir a sua!

Em 2022, há mais de 600 sistemas operacionais construídos com base no Linux. É muito mais simples escolher Windows ou Mac e já começar a usar um computador intuitivamente do que pesquisar o melhor sistema operacional e decifrar como ele funciona. Mas será mais recompensador? Do ponto de vista funcional, certamente, não! 

A solução para a questão das distribuições é escolher a mais adequada, e isso pode não ser tão difícil quanto parece. Boa parte dessas 600 opções são muito específicas para dispositivos e contextos que não têm nada a ver com o uso doméstico. 

O Ubuntu é uma das distribuições domésticas mais fáceis de mexer e populares à disposição. Começar por pesquisar comparações entre ele e outras similares pode ser uma maneira de fazer uma escolha assertiva, se o seu uso do sistema é pessoal.

Ignorar os riscos de segurança

Muitos usuários de Linux cometem o erro de achar que esse sistema operacional os torna imunes a ataques virtuais. Por um lado, é verdade que ele é um alvo menor, se comparado estatisticamente aos ataques direcionados ao Windows no mundo. 

O Windows é um sistema muito mais popular e desenvolvido com algumas falhas importantes de segurança, o que naturalmente o torna mais exposto. Em 2021, estima-se que foram desenvolvidos quase 110 mil vírus voltados ao Windows. 

Mas não usar programas de segurança, como um antivírus ou VPN no Linux confiando numa “imunidade natural”, é um erro comum que pode custar caro. A quantidade de infecções de sistemas Linux cresceu 35% somente em 2021, de acordo com relatório da Crowdstrike, uma empresa de cibersegurança.

A tendência de crescimento das ameaças é continuada e as falhas estão principalmente ligadas à Internet das Coisas, que promete ser cada vez mais presente conforme as redes 5G se difundam. 

Por isso, um antivírus pode ajudar a identificar e eliminar ameaças virtuais e uma VPN no Linux pode aumentar a privacidade e diminuir a superfície de contato com criminosos e invasores, sendo bons investimentos básicos em segurança para usuários Linux.

Problemas ao usar aplicações

Abrir programas é pré-requisito de qualquer navegação funcional num computador… Porém, essa é uma dificuldade de entrada comum encontrada no Linux!

Em primeiro lugar, os arquivos executáveis do Windows (arquivos “.exe”) não abrem com um clique nesse outro sistema. Em segundo lugar, o próprio processo de baixar e instalar aplicações é um pouco mais complicado no Linux.

Para isso, é preciso verificar se a extensão do arquivo é compatível com a distribuição do Linux que o usuário escolheu usar (como “.deb” para Ubuntu ou “.rpm” para Fedora).

Para contornar essa situação, muita gente usa e abusa do Wine para abrir programas do Windows diretamente no Linux. Embora esse recurso seja útil, nem sempre é tão estável, o que pode comprometer a usabilidade.

O Linux é um sistema aberto e muitos usuários se orgulham dessa característica. Embora não seja preciso abraçar a causa do software livre para usá-lo, é recomendável ao menos explorar o potencial dos programas grátis e abertos desenvolvidos especificamente para o ambiente do Linux. 

Para muitos setores, a dependência dos serviços de grandes marcas confiáveis é quase uma regra. Mas se eles não funcionam com todo seu potencial nesse sistema operacional, há muitas alternativas boas para download que podem gerar os resultados esperados.

Leia também: como limpar o armazenamento do sistema do macOS!